RESENHA LIVRE DE SPOILERS.
A Elite, continuação da distopia romântica A Seleção de Kiera Cass, lançado pela Editora Seguinte, é, sem sombra de dúvida, superior ao seu antecessor. A autora tornou mais consistente a trama da trilogia, e soube dar novos rumos à história. A Elite mostra que a trilogia tem muito potencial, e vale a pena a leitura.
"Tempo. Eu vinha pedindo muito tempo ultimamente. Tinha a esperança de que, se tivesse tempo suficiente, tudo ia se resolver."
Página 15
A Seleção terminou na melhor parte, e considero o primeiro livro mais como uma introdução. Já A Elite tem um começo, meio e fim bem definidos, e a leitura flui muito bem. Nessa continuação, não temos apenas o romance como elemento principal da trama. A autora começou a depositar certos mistérios quanto ao início da nação Illéa, a monarquia e o sistema de Castas, os ataques rebeldes do norte e do sul... pode ser clichê essa frase, mas A Elite é mais sombrio. É como se a trama tivesse se tornado mais séria, e que a Seleção - que antes tinha 35 garotas e agora apenas 6, que formam a Elite - não é apenas uma competição boba pelo coração do jovem príncipe, mas sim, uma disputa acirrada - e mortal - pela coroa, pelo cargo de futura rainha.
"- É um crime para pena de morte! Mas, em sua misericórdia, o príncipe Maxon poupará a vida destes dois traidores. Vida longa ao príncipe Maxon!"
Página 105
A protagonista e narradora America Singer não pensava que a Seleção mudaria sua vida drasticamente. No primeiro livro temos uma personagem que sabe quais são seus objetivos, e por mais que se perca num triângulo amoroso, é forte o suficiente para se decidir. Mas agora, Meri começa a repensar como será sua vida se escolher um dos seus dois pretendentes: Aspen ou Maxon? Um futuro com Aspen pode ser uma oferta de uma vida simples, normal e feliz. Uma vida com Maxon significa ter que aceitar o cargo de futura rainha, um cargo de responsabilidades, mas também estar para sempre ao lado de quem ela ama. America sabe que tem que escolher logo, pois o tempo corre, e estar na Seleção pode significar estar em perigo.
"Concordei. Maxon levantou-se e saiu, não sem antes parar rapidamente no leito de Celeste para despedir-se. Observei- partir, pensando se confiar nele era uma má ideia."
Página 131
Eu achei que a Kiera soube muito bem dosar o romance. Não é algo meloso e forçado que tanto em A Elite poucas vezes teve uma cena "pegação". A autora soube colocar em primeiro plano outras tramas da série: vemos mais do pai de America, mais do Rei Clarkson, pai de Maxon. A Seleção se torna mesmo uma competição acirrada, ainda mais quando conhecemos a fundo às últimas seis selecionadas.
"E então vi Celeste apertar os lábios para esconder o sorriso; Natalie erguer as sombracelhas enquanto fingia ler uma revista; a troca de olhares esperançosos entre Kriss e Elise.
A competição era mais acirrada do que tinha imaginado."
Página 221
Ao terminar A Elite, pude perceber o quanto o mundo criado pela Kiera Cass pode ser mais explorado. No próximo ano teremos The One, o capítulo final da trilogia, e saberemos quem America escolherá - ou será escolhida. E falando em como a série pode ser mais explorada, parece que o que havíamos descoberto no conto O Príncipe irá finalmente colidir com o mundo de Meri. Acho que já posso dizer que estou ansioso por 6 de maio de 2014, rs!
"- Você precisará aprender a segurar sua língua. Do contrário, você e eu seremos inimigos. E, acredite, você não vai querer ser minha inimiga."
Página 349
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Ficha do Livro:
Título: A Elite (The Elite - The Selection #2)
Autora: Kiera Cass
Tradutora: Cristian Clemente
Editora: Seguinte
Páginas: 354
Sobre a autora:
Nasceu e cresceu na Carolina do Sul, uma criança orgulhosa da década de 80. Após muitos imprevistos em sua vida, começou a escrever A Seleção, que foi publicado e a cada faz mais sucesso. Atualmente mora em Blacksburg, VA, com o marido e filho e passa o tempo livre no YouTube e no Twitter. Adora bolo!
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