sábado, 28 de abril de 2012

Resenha - Oksa Pollock e o Mundo Invisível de Anne Plichota e Cendrine Wolf

A jovem Oksa Pollock, de 13 anos, era uma estudante que acreditava ser igual a todos os outros. Em certo momento, aflita com o início das aulas na escola nova, Oksa percebe ser a causa de fenômenos estranhos em seu quarto. Um canto da escrivaninha pega fogo, caixas explodem. Ela, que sempre sonhara ser uma ninja, descobre que possui dons sobrenaturais.
Confusa e aterrorizada, evita comentar esses fatos com outras pessoas. Estes estranhos acontecimentos vêm acompanhados do aparecimento de uma misteriosa marca em sua barriga. Muito assustada, Oksa conta tudo à avó, a excêntrica Dragomira, que lhe confessa o segredo de suas origens: a famíliaPollock vem de Edefia, um mundo invisível, escondido em algum lugar na Terra.
Oksa descobre ser a Inesperada, a única esperança dos exilados de Edefia de voltarem à terra de origem. Diante das novidades e da missão para a qual foi escolhida, Oksa não será mais a mesma. Mesmo com a ajuda de seu melhor amigo, Gus, descobre o quanto é difícil conciliar a vida escolar normal e cumprir o seu destino.


Escrever uma resenha de Oksa Pollock será uma tarefa um tanto difícil... pois o livro é extremamente bom, com uma história original, uma obra que entrou na minha lista de preferidos!

Oksa Pollock é uma menina de 13 anos que pode se dizer normal, com uma família normal, com amigos normais, resumindo, uma vida normal! Quando ela e a família se mudam para Londres, Oksa desanima um pouco pois terá que deixar tudo o que deixou em França, sua antiga vida, seus amigos... tudo! Quando descobre que seu melhor amigo, Gustave Bellanger - ou apenas Gus - se mudará juntamente com sua família para Londres, as coisas começam a melhorar, até porque irão estudar na mesma escola, St. Proximus College.

A vida de Oksa continua normal... bem, é claro que na escola ela tem que lidar com um chato professor, McGraw que vive pegando no pé dela - e de todos os alunos. Mas o pior estava por vir: Oksa descobre ter certos poderes, como soltar bolas de fogo, correr muito muito rápido, flutuar a poucos metros do chão, mover objetos apenas com a força do pensamento... Oksa não conta pra ninguém seus poderes especiais, apenas para seu fiel amigo Gus. E tudo muda quando uma estranha Marca aparece em sua barriga, em volta de seu umbigo, uma mancha totalmente diferente.

Até ai tudo bem, mas quando sua excêntrica vó, Dragomira Pollock - ou simplesmente Baba Pollock - vê a Marca, percebe que o destino da neta é inevitável, e logo reúne seus familiares para uma reunião totalmente urgente. Curiosa, depois de chegar da escola, Oksa escuta a conversa atrás da porta do andar de sua avó, e ouve sobre um estranho mundo invisível, chamado Edefia, e sobre quem realmente é. As dúvidas de Oksa só aumentam, quando ela vê estranhas criaturas na sala através da fechadura. Quando a percebem ali, logo é trazida para dentro da sala e todo o segredo de suas origens é revelado: Oksa vêm de uma terra invisível e é a próxima Graciosa de Edefia, uma espécie de governadora, e só ela poderá trazer os exilados de volta ao seu mundo natal e derrotar os Traidores que possuíram o tal mundo.

Daí em diante Oksa terá que esconder os seus poderes e não usa-los mesmo em casos extremos - o que a Jovem Graciosa deixa de cumprir. Mas os problemas estão só começando. Mas enquanto isso, Oksa passará por uma espécie de curso com seus três mentores para domar seus poderes: sua avós, Dragomira, seu tio-avô, Leomido, e o fiel amigo de sua avó, Abakum.

O livro Oksa Pollock e o Mundo Invisível, além de tudo, é bastante original. Não tem como você não se prender a leitura e começar a gostar dos personagens, principalmente com a própria Oksa, que as vezes não sabe domar seus poderes, e acaba se metendo em muitas furadas - e muitas as vezes nem se safa...

O livro é em terceira pessoa, mas de alguma forma as autoras - Anne Plichota e Cendrine Wolf, ambas francesas - conseguiram explorar cada personagem, sabendo usa-los bem. Ninguém ficou em segundo plano - é claro que teve os personagens secundários - mas estou querendo dizer que as autoras souberam dar vida aos personagens, dar voz a eles, e não simplesmente eles existirem ali. Eles sim tinham uma presença crucial para o desenrolar da história.

Oksa Pollock, a personagem principal é simplesmente uma garota de fibra, bem inteligente, e que na verdade quer ser uma mestra de kung-fu! Quando percebe seus poderes, no começo se torna um pouco ingênua em como usa-los em público, mas quando vê o tamanho de sua responsabilidade como futura Graciosa, e talvez a líder dos Salve-se-quem-puder - um grupo dos exilados de Edefia, a qual pertence toda a família Pollock e alguns outros - suas atitudes começam a mudar.
Por sua vez, Gustave Bellanger, melhor e fiel amigo de Oksa, sabe os dramas que a amiga passa por ter muita responsabilidade em suas costas. Conforta ela, e muitas vezes que se viram, os dois, em perigo, Gus fez tudo para se salvarem. Podemos até perceber que a amizade de Gus e Oksa, aos olhos dele, passa disso... mas não vamos entrar em detalhes, rs.
Dragomira Pollock, a excêntrica vó de Oksa, a Velha Graciosa, no dia em que seria a governante de Edefia, o Grande Caos estourou, e os Traidores tomaram o poder, e as pressas, Baba teve que fugir juntamente com um grupo de exilados em direção ao nosso mundo. Guarda em seu íntimo o rancor de ter perdido a mãe, a Graciosa Malorane e muitos amigos na guerra, mas vai fazer de tudo para transformar Oksa em uma perfeita Graciosa, a única salvação para a volta de todos os exilados.
E um dos personagens que vou dar destaque, é Tugdual. Garoto sombrio que Oksa logo se aproximou por ser um dos integrantes dos Salve-se-quem-puder. Seu passado, assim como ele, é sombrio, mas mesmo assim Oksa se sente feliz ao seu lado... e nem preciso comentar muita coisa, pois já te imagino o que as autoras vai deixar pra nos aguardar nos próximos volumes da série!

E é claro, sempre terá que haver um antagonista, e esse é o professor de matemática-ciências de Oksa e Gus na escola: McGraw. Como já disse, pega no pé de Oksa, que desconfia que ele é um agente secreto do governo enviado para sequestra-la para certas experiências de laboratório... claro que não é isso... e é claro que os dois amigos nem sabem quem é realmente McGraw!

O livro possui alguns pontos negativos. No começo a história caminha bem lenta, mas quando Oksa descobre seus poderes, a narrativa dá uma guinada e logo nos prendemos ao livro. Outro ponto negativo foi que as autoras muitas vezes perdiam o foco da história, simplesmente as criaturas de Edefia tomavam a frente do livro. Mesmo que as cenas com elas fossem bastante hilárias, é claro que cansava, pois sempre era quase a mesma coisa que se repetia... e mais outro ponto negativo foi os nomes dos poderes de Oksa, das munições de sua Cospe-Granoks - coisa que não vou entrar em detalhes. Os nomes chegavam a ser infantis demais, mesmo que não incomodassem. O único nome que achei legal - pelo menos que achei, rs. - foi o poder de Oksa de jogar seu oponente a metros de distante, o Knock-Bong. Como li em outras resenhas, o final do livro mais uma vez perdeu o foco por falta de ação, e só no último capítulo temos uma reviravolta de tirar o fôlego, dando um desfecho bem bolado pro livro. É claro que as autoras deixaram algumas lacunas em vazio, mas espero que elas sejam preenchidas nos próximos volumes desta série!

Enfim, você tem que ler este livro, pois com certeza, esta série promete. E só pra concluir a resenha, a Editora Suma de Letras fez um ótimo trabalho gráfico no livro, tanto na diagramação quanto na arte da capa que deixaram como a original. E pra fechar, Oksa Pollock é agora uma das minhas séries preferidas!

4 comentários:

  1. Apesar de tantos comentários positivos, sua resenha é a primeira que leio sobre esse livro, que parece de fato ser bem interessante. O melhor e tudo, pelo que posso perceber, é ser uma história original, o que não gera motivos para críticas em relação a isso. Tenho muita coisa pra ler, mas se tivesse a oportunidade não deixaria de conhecer Oska :)

    Parabéns pela resenha, Joshua.

    Abraços
    Ricardo - www.overshock.blogsot.com.br

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    Respostas
    1. É sim, Oksa é um livro bem original, e quando você ler sei que você não vai se arrepender :D

      Abraços, Joshua

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  2. Oi Joshua
    amei sua resenha menino
    A série tem potencial, com toda certeza. Tugdual me conquistou. Fiquei o tempo todo pensando no romance entre ele e Oksa, e acho que podemos esperar surpresas quanto a isso nos próximos livros da série.
    O que me incomodou foi o mesmo que você: os nomes de alguns poderes. Cospe-Granoks é ridículo kkkkkkkkk eu ficava rindo sabe. Faltou criatividade para as autoras nesse ponto, mas o mundo mágico de Edefia é muito bem construído.
    bjos

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    Respostas
    1. Ah, valeu Jacque. É verdade, a série tem muito potencial. Gostei também do personagem Tugdual, sombrio, meio que enigmático, e eu pesquisei, e vi que nos próximos livros terá sim, um romance entre Oksa e ele, rs, e ainda com o Gus! Bem, vamos esperar né, pra ver no que vai dar! Sobre os nomes dos poderes, como você mesmo disse, são ridículos, uahsuahsas, como citei na resenha, apenas gostei do nome do poder Knock-Bong, nem sei pq... rs. Enfim, é isso!

      Abraços, Joshua

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